domingo, 4 de novembro de 2007

Poeta Rocha Filho







FRUSTAÇÃO
(Rocha Filho)


Luar,
Noites,
Paixões,
Conversas e desconversas indecorosa,
Crenças,
Dores,
Esperanças,
Lembranças e imagens irretratáveis,
Hoje,
Ontem,
Amanhã,
Quem sabe o dia será nunca mais até.
Seria agora,
Jamais seria quem sabe?

Eu que sempre procuro a sorte
E a morte que nunca me encontra também,
Como poderia,
Eu,
Ainda amar?


Morte,
Revoltas,
Temores,
Desventuras e desencontros de paixões,
Tristezas,
Tormentos,
Desatinos,
Angustias e alegrias mal ensaiadas,
Preces,
Prantos,
Lamúrias,
Soluços e lágrimas incontroláveis.
Tristezas,
Provocadas quem sabe?



Eu que sempre me guardo bem
A sombra de minha timidez,
Como saberia,
Eu,
Ainda amar?

Mágoas,
Marcas,
Migalhas,
Reles e ordinariamente imundas,
Vozes,
Silêncio,
Tumultos,
Barulhos e sons ensurdecedores,
Degredos,
Veredas,
Ribeiras,
Torrentes e farturas de infortúnios,
Carregadas,
Ao colo quem sabe?

Eu que sempre procuro o amor
Que sempre procuro viver
Como deixariam,
Eu,
Ainda amar?

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