domingo, 4 de novembro de 2007

Poeta Walsimar Brandão (Advogado/ Escritor)


SÓ RESTOU A SAUDADE...



Hoje eu sonhei com você.
Seus olhos verdes fitavam o infinito,
De forma séria e resoluta,
Perdido na vastidão de seus pensamentos...
Eu até brinquei, passando os dedos em sua bochecha;
Tentei em vão retirá-lo de seu estado contemplativo...

Velho pai, há quanto tempo você se foi,
Mas sua lembrança persiste, e dia após dia,
Mesmo se durante o dia nem me lembrei,
À noite, ou já pela manhã, quando não resta mais sono para dormir,
Vem o sonho, a lembrança arquivada,
E vejo sua imagem, e volto a sentir saudade,
Aquela saudade irrealizável,
Aquele desejo de vê-lo que não mais será satisfeito .

Somente lágrimas restaram,
E a dor imensa da saudade,
Mais uma vez adeus, ou quem sabe, até logo,
Até o próximo sonho, o instante seguinte em que me recorde,
Das suas risadas, das suas zangas,
De suas andanças, de suas filosofias,
Adeus, ou quem sabe, até logo ...


Walsimar dos Santos Brandão
Lauro de Freitas (BA), 25 de Julho de 2003

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EM TOM DE MARCHINHA


Lá, lá onde existe o sabiá,
a nos encantar,
Lá, lá onde existe o beija-flor,
a sugar o teu mel.

Lá, onde a esperança faz morada,
Lá, onde o amor já fez estrada,
Eu espero você.

Pra gente se ver,
Se encontrar e se amar,
Até o ocaso incendiar,
de vermelho este céu.

Sei, que esse meu sonho, vai vingar,
Sei, que nossos corpos, num enlace,
vão se enroscar.

Eu posso dizer que vivo um sonho,
Que realidade pode se tornar.

Lauro de Freitas (BA), 26 de março de 2007.
Walsimar Brandão

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